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quarta-feira, 24 de março de 2010

Transmontanos com um pé na final.


O sonho transmontano de ter uma equipa na final do Jamor ainda vive. Ou antes, sobrevive. Sobreviveu no limite do sofrimento, num minuto louco, que começou numa baliza e terminou na outra: começou no golo mal anulado a Diego Ângelo e terminou no cabeceamento triunfante de Ricardo Rocha no último segundo.


Num minuto portanto se construiu uma enorme ilusão, de uma equipa que esbraceja que nem louca para se manter na Liga de Honra. O Desp. Chaves ultrapassou todas as dificuldades e com menos um jogador fez o resultado que deixou o Jamor a hora e meia de distância. Bem menos do que de Bragança a Lisboa.

O tempo é por isso de festa. Na equipa, nos responsáveis, nos adeptos. Sobretudo nos adeptos. Eles que saíram do estádio eufóricos, em caravana, com buzinas, gritos e cânticos. Em Chaves mora uma equipa de passado com história, sedenta de um futuro também histórico. Há maior feito do que o Jamor?

Castanheira: «Esta gente é fantástica e merece resultados»

A vitória, é bom que se diga, teve boa dose de felicidade. O D. Chaves entrou mal e provavelmente acusou o peso de uma noite invulgar: nunca tinha chegado tão perto da final da Taça de Portugal. Trata-se de uma noite distinta para toda uma região, aliás. Trás-os-Montes nunca esteve presente no Jamor.

Ora por isso a primeira parte foi quase toda da Naval. Camora por duas vezes ficou a milímetros de marcar, Bolívia e Fábio Júnior também ameaçaram, o Chaves foi aguentando como podia. A equipa de Tulipa apostava nas saídas rápidas para o ataque, quase sempre infrutíferas. Só num remate de Clemente ameaçou.

Augusto Inácio: «Foi um resultado injusto»

Na segunda parte as coisas mudaram ligeiramente. O D. Chaves surgiu mais afoito, mais descomplexado, mais personalizado. Trocou a bola no meio-campo adversário e ficou perto do golo num remate de Bruno Magalhães que o colega Clemente impediu de chegar à baliza. Estava dado o tom de toque.

A partir daí sentiu-se que a ambição flaviense ganhou asas. A equipa cresceu, o público animou-se, a Naval não deixou de procurar também ela o golo e o jogo ficou mais interessante. Até que um erro de Paulo Costa deitou quase tudo a perder: dois amarelos exagerados expulsaram Samson.

Ricardo Rocha o herói: «O Lameirão disse-me que ia marcar...»

A partir daí só deu Naval. Augusto Inácio manteve a ambição, alargou a frente de ataque e chegou ao golo num remate de Diego Ângelo mal anulado: o central não estava em fora-de-jogo. Foi um balde de água fria nos 2500 adeptos flavienses que durou um fósforo: logo a seguir, no último fôlego, Ricardo Rocha fez de cabeça o golo da vitória. Chaves tem legitimidade para sonhar.

in: maisfutebol

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